Greve na CPTM, marcada para essa 4ª feira, deve afetar 830 mil passageiros/dia em 30 estações em SP

A greve aprovada pelos ferroviários de São Paulo com início nesta quarta-feira, dia 26, nas linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), deve afetar 830 mil passageiros por dia nas linhas que atendem, juntas, 30 estações. A assembleia que decidiu a medida foi realizada pelo Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil na última quinta-feira.

De acordo com dados da CPTM, a linha 11-Coral transportou em 2024, em média, 540 mil passageiros por dia útil em 2024; a linha 12-Safira, 260 mil, e a linha 13-Jade, 30 mil.

As linhas 11, 12 e 13 ligam a região central da capital à zona leste e a cidades como Mogi das Cruzes, Suzano e Guarulhos.

Saiba mais sobre a greve

Quando: a partir de quarta-feira (26/3)

Duração: tempo indeterminado

Linhas afetadas: 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade da CPTM

Estações afetadas: Luz, Brás, Tatuapé, Corinthians-Itaquera, Dom Bosco, José Bonifácio, Guaianases, Antônio Gianetti Neto, Ferraz de Vasconcelos, Poá, Calmon Viana, Suzano, Jundiapeba, Brás Cubas, Mogi das Cruzes, Estudantes, Engenheiro Goulart, USP Leste, Comendador Ermelino, São Miguel Paulista, Jardim Helena-Vila Mara, Itaim Paulista, Jardim Romano, Itaquaquecetuba, Guarulhos-Cecap, Aeroporto-Guarulhos.

Antes do início da greve, os ferroviários também aprovaram a formação de uma comissão de negociação e a realização de um ato público na manhã da terça-feira (25/3) na porta da Bolsa de Valores (B3) de São Paulo. É lá que, na sexta-feira (28/3), o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) pretende fazer o leilão das concessões das linhas Linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade .

O programa de privatizações é uma das apostas de Tarcísio como vitrine de sua gestão – no caso da CPTM, é um desafio antigo aproximar o serviço da qualidade do metrô. No entanto, o governador enfrentará como obstáculos a oposição de sindicatos, da esquerda e também o histórico de outras linhas privatizadas na CPTM.

O governo fala em diminuir os intervalos das linhas para a partir de três minutos, similar ao do metrô. Além disso, promete a construção de oito noivas estações e a reforma de 24 já existentes, entre outras mudanças. O investimento previsto é de R$ 14,3 bilhões ao longo de 25 anos.

Os ferroviários argumentam que a proposta do governo deverá transformar o resto da CPTM na experiência das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda. Ambas foram concedidas à ViaMobilidade – no fim de 2023, o Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo (MPSP) homologou o acordo firmado com a concessionária, que prevê o pagamento de R$ 786 milhões pelas falhas ocorridas desde o início da concessão.

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