Reforma de R$ 36 milhões do Parque Ceret, no Tatuapé, está parada faz mais de três meses

Orçada em mais de R$ 36 milhões, a segunda etapa da revitalização do Parque Ceret, no Tatuapé, Zona Leste da capital paulista, está há três meses paralisada por falta de pagamento da Prefeitura de São Paulo à empresa contratada.

Iniciada em setembro do ano passado, poucos dias antes da eleição de 2024, a obra foi oficialmente interrompida em 02 de janeiro, dia seguinte da posse do prefeito Ricardo Nunes (MDB) para o novo mandato.

De acordo com reportagem do G1, o prazo de entrega dessa nova parte da revitalização tem de 540 dias (1 ano e meio) a partir do início da reforma, datada de 23 de setembro de 2024. Isso significa que até março de 2026 tudo deveria estar pronto. Neste ano de 2025, o Ceret completa 50 anos de existência.

Porém, como a paralisação, a pasta comandada pelo secretário Rogério Lins (Podemos) não deu nenhum novo prazo para conclusão dos trabalhos.

Documentos públicos da própria gestão municipal ao qual o g1 teve acesso, o Consórcio Ceret – formado pelas construtoras Progredior Ltda. e Lettieri Cordaro Ltda. – enviou um ofício para a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (SEME) informando a paralisação, justamente pela falta de recursos financeiros por parte da pasta.

De acordo com dados da SEME, desde setembro do ano passado a secretaria só pagou às empresas contratadas a quantia de R$ 2,3 milhões para a execução da reforma.

O montante significa menos de 7% do total que a pasta precisa repassar à empresa responsável para que a obra seja concluída.

Em visita ao local na última sexta-feira (20), a reportagem do g1 constatou que não há mais trabalhadores da empresa atuando no espaço, apesar de várias interdições e tapumes espalhadas por várias áreas do parque.

A maior piscina da América Latina, que fica dentro do Ceret, ficou o verão inteiro interditada, em razão da interdição feita pelos operários que não foi concluída, por exemplo.

A área infantil, que estava absolutamente deteriorada quando a reportagem esteve no local ano passado, agora está ainda pior. Quase 70% dos brinquedos infantis estão quebrados e sem condições de uso, revoltando os pais e crianças que frequentam o espaço.

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