A vereadora bolsonarista Sonaira Fernandes, líder do PL na Câmara Municipal de São Paulo, apresentou um projeto de lei para proibir qualquer tipo de atendimento médico-hospitalar de bonecas do tipo “bebê reborn” em unidades públicas ou privadas de saúde no município.
Os “bebês reborn” são bonecos hiper-realistas feitos artesanalmente que viraram febre nas redes sociais nas últimas semanas.
O texto prevê uma multa administrativa de até R$ 10 mil em caso de reincidência e a comunicação imediata ao Conselho Regional de Medicina quando constatada a participação de médicos ou profissionais da saúde no “atendimento indevido”.
Na sessão plenária dessa quinta-feira (15/5), Sonaira, que já foi secretária da Mulher do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), subiu na tribuna para falar do assunto. “As pessoas estão até simulando o parto dessas bonecas. Estão chegando a um nível de loucura que estão levando esses ‘bebês’ para acompanhamento de pediatra”, disse a parlamentar.
Na justificativa ao projeto, a vereadora afirmou que, nos últimos meses, têm-se multiplicado “episódios públicos e notórios, inclusive com ampla divulgação nas redes sociais, de indivíduos conduzindo tais objetos inanimados a hospitais, exigindo triagem e atendimento como se fossem seres humanos reais”.
“Essa prática não apenas fere o bom senso, mas representa um grave desvio de finalidade dos serviços de saúde, impactando diretamente a eficiência da rede e a prioridade no atendimento de quem de fato necessita de cuidados médicos”, argumenta Sonaira.
O “hype” em torno do tema tem gerado proposições de projetos de lei pelo país. Na Câmara dos Deputados, um PL apresentado por Zacarias Calil (União Brasil) propõe a aplicação de multa para quem tentar qualquer tipo de atendimento ou prioridade para bebês de colo utilizando os bonecos hiper-realistas.