Desde o início do problema (da morte de peixes no Tietê), equipes técnicas da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil –comandada pela supersecretária do governador, Natália Resende) intensificaram o monitoramento e investigação das causas. O fenômeno, que afeta diretamente a biodiversidade e a cadeia produtiva local, tem origem multifatorial, incluindo alterações na qualidade da água e despejos irregulares de poluentes.
Para ampliar o enfrentamento da crise, o Governo de São Paulo criou o Grupo de Fiscalização Integrada das Águas do Rio Tietê (GFI-Tietê). Nas duas primeiras semanas de operação, o grupo percorreu 948,30 quilômetros de trechos estratégicos do rio e fiscalizou 86.133,45 hectares de áreas de preservação ambiental. Durante as ações, foram elaborados 135 Termos de Vistoria Ambiental (TVAs) e fiscalizados 66 Termos de Compromisso de Recuperação Ambiental (TCRAs).
As ações de fiscalização resultaram ainda na emissão de 19 Autos de Infração Ambiental (AIAs), totalizando R$ 73.198,00 em multas aplicadas. Os responsáveis por práticas ilegais estão sendo processados conforme a legislação ambiental vigente, reforçando o compromisso do estado com a recuperação da qualidade das águas do Tietê.
Além das ações de fiscalização e suporte financeiro emergencial, o governo também anunciou a implementação de um plano para combater despejos irregulares ao longo do Rio Tietê. Em parceria com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e a Polícia Ambiental, estão sendo realizadas operações conjuntas para identificar fontes poluidoras e responsabilizar os infratores. Uma dessas operações ocorreu recentemente no município de Zacarias, no interior paulista. Na última semana, a Cetesb também realizou o lançamento de uma sonda de monitoramento da qualidade da água a jusante da Barragem de Barra Bonita. Essa sonda integra um conjunto de seis novas estações de monitoramento que serão instaladas ao longo do ano, como parte de um investimento de R$ 8,6 milhões.